Os fatores expressivos de Laban no processo de montagem do espetáculo Véu Carmim

  • Sara Jobard
  • Ciane Fernandes

Resumo

Este trabalho se propõe a fazer uma análise da utilização dos fatores
expressivos desenvolvidos por Rudolph Laban no processo de montagem do
espetáculo Véu Carmim, para a diferenciação das qualidades corporais da atriz
em cada elemento específico utilizado em cena. Véu Carmim é um jogoespetáculo-
teatral, que foi construído a partir de uma lógica dramatúrgica de
game-design, que dá ao espectador a possibilidade de conduzir a protagonista
para caminhos diversos, previamente ensaiados, a partir de um jogo de sorte,
definido por quatro cartas de baralho, que correspondem aos elementos: véu,
punhal, vela e derbake. Todos estes são utilizados na dança do ventre,
linguagem que amarra a trilha sonora e a estética do espetáculo. As cartas são
escolhidas ao acaso pelo público em três diferentes momentos, e a
personagem segue a trilha definida pelo elemento sorteado. Para cada carta,
foi desenvolvido um trabalho de delimitação dos fatores expressivos: espaço,
fluxo, tempo e peso. Este estudo aprimorou o trabalho da atriz, desenvolvendo
qualidades específicas para cada elemento de forma sutil, sem desviar as
características da personagem, construídas anteriormente.

Referências

FERNANDES, Ciane. O corpo em movimento: o sistema Laban/Bartenieff na

formação e pesquisa em artes cênicas. 2ª edição – São Paulo: Annablume,

LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. 5ª edição, organizada por Lisa

Ullmann. Tradução: Anna Maria Barros De Vecchi e Maria Sílvia Mourão Netto. São Paulo: Summus, 1978.

Seção
Processos de Criação e Expressão Cênicas