O Ator e o Meio Ambiente: Relação e Trocas Significantes

  • Marina Madeira
  • Alex Beigui de Paiva Cavalcante

Resumo

Este artigo compõe parte da pesquisa de mestrado que venho desenvolvendo
e tem como objeto principal a investigação do trabalho do ator em cenas de rua
(espaços abertos) e sua relação consigo mesmo e com o meio ambiente. Para
tanto, utilizo como elemento-base da investigação o conceito de “afecto”,
desenvolvido por Gilles Deleuze, Félix Guattari e por Benedictus de Spinoza,
bem como uma minuciosa cartografia da tradição teatral que aponta para a
necessidade no trabalho do ator de abertura para o que vem de fora como
parte integrante do processo de criação, equilibrando seu “interno” com o
“externo”. No presente trabalho, pretendo fazer um recorte epistemológico da
noção de composição atoral a partir dos escritos de autores como Jerzy
Grotowski e Peter Brook, além de, posteriormente, analisar o material coletado
em entrevistas e depoimentos de atores praticantes de teatro na rua (espaços
abertos).

Referências

BROOK, Peter. A porta aberta. Trad. Antonio Mercado. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 2010.

BUBER, Martin. Eu e Tu. 8ª edição. São Paulo: Editora Centauro, 2001.

GROTOWSKI, Jerzy; FLASZEN, Ludwik e BARBA, Eugênio. O teatro

laboratório de Jerzy Grotowski 1959-1969. 2ª edição. São Paulo:

Perspectiva: Edições SESC SP, 2010.

GUMBRECHT, Hans Ulrich. Produção de presença: o que o sentido não

consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto/Ed. PUC-Rio, 2010.

LECOQ, Jacques. O corpo poético: uma pedagogia da criação teatral. São

Paulo: Editora SENAC São Paulo: Edições SESC SP, 2010.

SPINOZA, Benedictus de. Ética. Trad. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.