O Ator e o Meio Ambiente: Relação e Trocas Significantes
Resumo
Este artigo compõe parte da pesquisa de mestrado que venho desenvolvendoe tem como objeto principal a investigação do trabalho do ator em cenas de rua
(espaços abertos) e sua relação consigo mesmo e com o meio ambiente. Para
tanto, utilizo como elemento-base da investigação o conceito de “afecto”,
desenvolvido por Gilles Deleuze, Félix Guattari e por Benedictus de Spinoza,
bem como uma minuciosa cartografia da tradição teatral que aponta para a
necessidade no trabalho do ator de abertura para o que vem de fora como
parte integrante do processo de criação, equilibrando seu “interno” com o
“externo”. No presente trabalho, pretendo fazer um recorte epistemológico da
noção de composição atoral a partir dos escritos de autores como Jerzy
Grotowski e Peter Brook, além de, posteriormente, analisar o material coletado
em entrevistas e depoimentos de atores praticantes de teatro na rua (espaços
abertos).
Referências
BROOK, Peter. A porta aberta. Trad. Antonio Mercado. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2010.
BUBER, Martin. Eu e Tu. 8ª edição. São Paulo: Editora Centauro, 2001.
GROTOWSKI, Jerzy; FLASZEN, Ludwik e BARBA, Eugênio. O teatro
laboratório de Jerzy Grotowski 1959-1969. 2ª edição. São Paulo:
Perspectiva: Edições SESC SP, 2010.
GUMBRECHT, Hans Ulrich. Produção de presença: o que o sentido não
consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto/Ed. PUC-Rio, 2010.
LECOQ, Jacques. O corpo poético: uma pedagogia da criação teatral. São
Paulo: Editora SENAC São Paulo: Edições SESC SP, 2010.
SPINOZA, Benedictus de. Ética. Trad. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.
Seção
Territórios e Fronteiras da Cena