A ‘Nova Dramaturgia’ Brasileira: Maria Adelaide Amaral

  • Christina Barros Riego

Resumo

Após o período de hegemonia da censura, no qual a dramaturgia política se
sustentava por meio de recursos linguísticos como a metáfora, a abertura política levou à
cena um teatro de palavras que faz uso do discurso direto para retomar à problematização
do sujeito, do indivíduo. O confronto direto das personagens e a análise minuciosa dos
relacionamentos permeiam um cenário no qual o plano social não mais se dissocia do
individual. Essa nova fase da dramaturgia brasileira ganha destaque pelo crescimento da
produção feminina, consciente e sensível ao novo momento político do país, às relações e
às transformações sociais. Destacamos a dramaturgia de Maria Adelaide Amaral, a partir da
qual discorreremos sobre o uso de técnicas narrativas na representação dos personagens e
de suas relações.

Referências

AMARAL, Maria Adelaide. Melhor Teatro: Maria Adelaide Amaral. Seleção e Prefácio de Silvana Garcia. São Paulo: Global, 2006.

_____. Ó Abre Alas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

_____.Tarsila. São Paulo: Globo, 2004.

_____. Mademoiselle Chanel. São Paulo: Globo, 2004.

ANDRADE, Ana Lúcia Vieira de. “A Dramaturgia de Maria Adelaide Amaral: da Abertura Política aos Anos 2000”. In: ANDRADE, Ana Lúcia Vieira de, EDELWEISS, Ana Maria de B. Carvalho. A Mulher e o Teatro Brasileiro do Século XX. São Paulo: Aderaldo & Rothschild; Brasília, DF: CAPES, 2008.

_____.Margem e Centro: a Dramaturgia de Leilah Assunção, Maria Adelaide Amaral e Ísis Baião. São Paulo: Perspectiva; Rio de Janeiro: UNIRIO: CAPES, 2006.

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MAGALDI, Sábato, VARGAS, Maria Thereza. Cem Anos de Teatro em São Paulo (1875-1974). São Paulo: Editora SENAC, 2000.

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Seção
Teatro Brasileiro