A Traviata: transgressão e marginalidade na Sambópera de Augusto Boal
Resumo
O presente trabalho é uma análise do último espetáculo de Augusto Boal em formatoconvencional, A Traviata, de 2002, que se insere no gênero denominado por ele de
Sambópera. A partir do caráter “marginal” do teatro de Boal na história do teatro brasileiro,
tece-se uma relação entre esta marginalização e aquela em que o diretor se encontrava ao
tentar se reintegrar ao meio teatral, após 15 anos no exílio. A pesquisa do processo de
transposição da ópera de Verdi para o olhar político de Boal e sua recepção na crítica
teatral, possibilitou criar um diálogo com as reflexões de Bertolt Brecht sobre a renovação da ópera e o uso da música no teatro épico. A Traviata então poderá ser vista como mais um sinal da condição do diretor em se ver permanentemente exilado do meio teatral brasileiro.
Referências
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Idem.
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HELIODORA, Barbara. “Para que serve uma sambópera”. In: O Globo, 2/02/2002. Arquivo Biblioteca Nacional.
BOAL, Augusto. “Óculos escuros”. Carta aos participantes de A Traviata, 2002. Arquivo Augusto Boal– UNIRIO.
BOAL, Augusto. Texto para o programa de A Traviata, 2001. Arquivo Augusto Boal – UNIRIO.