Arte e ciência: investigando teatros elisabetanos por meio da cartografia

  • Evelyn Furquim Werneck Lima

Resumo

Pretende-se estabelecer uma interface entre a arquitetura teatral elisabetana e
Londres, no âmbito da História do Espetáculo. Neste paper, investigamos a localização dos
edifícios teatrais desde o final do Seiscentos por meio da cartografia. Apesar da dificuldade
de análise dos desenhos técnicos, acredita-se que esta representação constitua um
instrumento de registro da realidade, devendo obedecer a critérios técnicos. Ao final do
século XVI, os arredores de Londres estavam pontilhados de teatros, estrategicamente
implantados. A localização destes teatros públicos fora da jurisdição do controle da coroa e
da cidade ofereceu aos dramaturgos elisabetanos um espaço de crítica acirrada sobre as
transformações culturais no final do século XVI, transgredindo a ordem urbana.

Referências

CARLSON, Marvin. Places of Performance. The Semiotics of Theatre Architecture. Ithaca and London: Cornell University Press, 1989.

HALBAWCS, Maurice. La mémoire collective. Paris: Les Presses universitaires de France, 1950.

GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTD, 1989.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Trad. Bernardo Leitão et al. São Paulo: Unicamp, 2003( 1ª ed. Einaudi, 1977).

NORBERT-SCHULZ, Christian. Genius Loci: Towards a Phenomenology of Architecture. New York: Rizzoli, 1979.

RESENDE, Aimara da Cunha. Entre nobres e aldeões. Entreclássicos 2, 2008, p. 6-13.

SANTOS, Milton. Técnica, espaço, tempo. São Paulo: Hucitec, 1994.

Seção
História das Artes e do Espetáculo