Santa Rosa e a modernidade brasileira

  • Niuxa Dias Drago

Resumo

Este artigo pretende estabelecer vínculos entre a cenografia de Santa Rosa (1909-
1956) e o Movimento Moderno Brasileiro nas décadas de 30 a 50, buscando as
especificidades nacionais de seu trabalho e a forma criativa como adaptou a modernidade
pictórica e arquitetônica à espacialidade do palco. Na nossa modernidade, é evidente que os
aspectos das tradições luso e afro-brasileiras são a chave para se entender como as
vanguardas européias foram assimiladas de forma a contribuir para o “autoconhecimento”
da nação. Podemos constatá-lo observando a obra pictórica de Santa Rosa, que é também
pintor, mas, no campo da cenografia, permanece inexplorado o contato com a tradição
brasileira que precisa ser desvendado para que o cenógrafo encontre seu lugar na síntese
da nossa modernidade.

Referências

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Seção
História das Artes e do Espetáculo