Enquanto caem as folhas... A partir da obra de Marguerite Duras

  • Marina Martins

Resumo

Enquanto caem as folhas… é o primeiro módulo da pesquisa “Corpo Prismático” no qual estudamos a literatura de Marguerite Duras como linguagem simbólica do silêncio a ser transposta para o corpo em movimento a partir das Harmonias Espaciais de Rudolf Laban, onde “espaço vazio não existe, espaço é a superabundância de movimentos simultâneos”. As personagens femininas de Duras parecem ausentes, cingidas pelo tédio e pelo esquecimento e deambulam desatentas da realidade imersas em seu espaço interno. A forma esculpida sem a forma fluida (interna) seria uma estrutura sem sentimento e a pele, como a página em branco, o suporte da linguagem do corpo, limiar ou fronteira que define o lugar e a forma do sujeito. É também superfície de contato e de inscrição, verso e reverso, interior e exterior.

Referências

DURAS, Marguerite. O Deslumbramento; trad. Ana Maria Falcão. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 1986.

OLIVEIRA, Edmar. A Deambulação. In Ouvindo Vozes: Histórias do hospício e lendas do Encantado (inclui Anotações para o cemitério dos vivos, de Lima Barreto). Rio de Janeiro: Vieira & Lent, 2009.

KRISTEVA, Julia. A doença da Dor: DURAS. In Sol Negro: depressão e melancolia; trad. Carlota Gomes. Rio de Janeiro: Rocco, 1989.

KAPLAN, E. Ann. O silêncio como resistência feminina. In A mulher no cinema: os dois lados da câmera; trad. Helen Márcia Potter Pessoa. Rio de Janeiro: Rocco, 1995.

SILVA, MM. O lugar do silêncio de Marguerite Duras. Cap. IV In Suíte Retratos de Salomé; tese de doutorado; orientação Beatriz Resende. UNI-RIO, 2005.

Seção
Pesquisa em Dança no Brasil: Processos e Investigações