Materialidade: forças invisíveis da atuação

  • Renato Ferracini

Resumo

Partamos de um princípio presente no pensamento contemporâneo: a arte do
atuador ou do agente das artes performativas - seja ator, dançarino ou performador –
coloca-se na área de atuação (seja ela cena, instalação, inserção, acontecimento, evento)
enquanto materialidade de seu corpo. A materialidade do corpo potencializa o terreno
performativo e gera nessa ação possíveis linhas de fuga das relações de representação e
de modelos pré-estabelecidos. Podemos verificar essas questões nos escritos potentes do
corpo pós-dramático de Lehmman, na performatividade de Feral, no “teatro energético” de
Lyotard.

Referências

DELEUZE, GILLES. Lógica da Sensação. Equipe de Tradução: Roberto Machado (coordenação). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007

DELEUZE, GILLES e GUATTARI, FELIX. O que é Filosofia. Trad. Bento Prado Jr e Alberto Alonso Muñoz. – Rio de Janeiro: Editora 34, 1992.

_____. Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia Volume 4. Trad: Sueli Rolnik. São Paulo: Editora 34, 1997.

GIL, JOSE. A Imagem-Nua e as Pequenas Percepções. Lisboa: Relógio D´agua Editores, 1996.

_____. Movimento Total. O corpo e a dança. São Paulo: Iluminuras, 2004.

ROLNIK, SUELI (Org.). Uma terapeuta para tempos desprovidos de poesia. Lygia Clark, da obra ao acontecimento. Somos o molde, a você cabe o sopro. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2006.

PELBART, PETER PÁL. Elementos para uma cartografia da grupalidade. In Próximo Ato: Questões da Teatralidade Contemporânea. Organização Fátima Saadi e Silvana Garcia . São Paulo: Itaú Cultural, 2008.

Seção
Territórios e Fronteiras da Cena