Bonecas falando para o mundo: (Trans)identidades na cena brasileira

  • Rodrigo Carvalho Marques Dourado

Resumo

O trabalho investiga as relações históricas, estéticas e políticas entre os grupos
Vivencial, Trupe do Barulho e Coletivo Angu de Teatro, numa panorâmica da cena queer
recifense dos anos 70 do Século XX à atualidade. Analisamos como esse três grupos
representam o “desviante sexual”, com suas teatralidades mestiças e performativas, e
perguntamos por que essas narrativas encontram ecos tão apaixonados em audiências tão
amplas? Suspeitamos que não somente por metaforizarem uma experiência subalterna
ligada às sexualidades, mas por traduzirem uma identidade original impossível, um desvio
permanente, criando um audiência solidária na différance que sintetiza a (trans)identidade
brasileira.

Referências

BHABHA, Homi. O local da cultura (1994). Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007;

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade (1990). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003;

MUÑOZ, José Esteban. Disidentifications: Queers of Color and the Performance of Politics. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1999;

PRECIADO, Beatriz. Multidões queer: notas para uma política dos anormais. Disponível em http://www.rizoma.net/interna.php?id=216&secao=desbunde. Acesso em 22 de Maio de 2007.

Seção
Territórios e Fronteiras da Cena