Considerações sobre Arte e Ciência em uma Leitura Deleuze-guattariana de Proust

  • Silvia Balestreri Nunes

Resumo

Felix Guattari se refere à obra Em Busca do Tempo Perdido como um mapa
rizomático, um tratado esquizoanalítico. Seus estudos e os do filósofo Gilles Deleuze sobre
a obra-prima de Proust nos inspiram à leitura da mesma também como chave para uma
compreensão do mundo e da produção de subjetividade contemporâneos. O exercício da
Busca como decifração de signos, com prioridade para os signos da arte, remete-nos a uma
apreensão de questões que dizem respeito à tensão arte-ciência e como tal tensão se vem
desenrolando desde o início do século XX até hoje. Implicações de tal visão para os estudos
das artes cênicas e sua inserção no meio acadêmico serão abordadas nesta comunicação.

Referências

DELEUZE, Gilles. Proust e os signos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987.

GUATTARI, Felix. O amor de Swann como colapso semiótico. In: ___. Revolução molecular. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.

HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.

KASTRUP, Virgínia. Aprendizagem, arte e invenção. In: LINS, Daniel (org.). Nietzsche e Deleuze: pensamento nômade. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001. p. 207-233.

NUNES, Silvia Balestreri. Signos teatrais em Proust e Deleuze. Textos da IV Reunião Científica da ABRACE. Belo Horizonte, 2007. Disponível em

< http://www.portalabrace.org/ivreuniao/Territorios.htm> Acesso em 08 de março de 2010.

PROUST, Marcel. Em busca do tempo perdido. Trad. de Mário Quintana, Lourdes de Souza Alencar, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Lúcia Miguel Pereira. Rio de Janeiro/Porto Alegre/São Paulo: Globo, 1956-1958. 7v.

ROLNIK, Suely. Pensamento, corpo e devir: uma perspectiva ético/estético/política no trabalho acadêmico. Cadernos de Subjetividade, São Paulo, v.1, n. 2, p. 241-251, set./fev., 1993.

Seção
Territórios e Fronteiras da Cena