Anatomia do (des)pedaço: choque, desfazimento e espectação
Resumo
Este artigo propõe entrelaçamentos entre a cena que choca e processos espectatoriais de desfazimento, oriundos do impacto do encontro com alteridades radicais que se impõem sobre o espectador. Logo, propõe a noção de anatomia do (des)pedaço como forma de reflexão sobre os alargamentos e transformações proporcionadas pela experiência espectatorial e que ressoam para além da condição espectatorial. Para tanto, as teorias de Dorothée Brill, Walter Benjamin e Peggy Phelan são implementadas como forma de viabilização das construções propostas.
Referências
BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas Vol. I. Magia e técnica, arte e política. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1987.
BENJAMIN, Walter (1921/2011). A tarefa do tradutor. In: BENJAMIN, Walter; GAGNEBIN, Jeanne Marie (org.). Escritos sobre mito e linguagem. São Paulo: Editora 34; Duas Cidades, 2011, pp. 101-119.
BENJAMIN, Walter. Sobre alguns temas em Baudelaire (1940). ln: BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas. Vol. III. Charles Baudelaire: um lírico no auge do capitalismo. Tradução de José Carlos Martins Barbosa, Hemerson Alves Baptista. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1989.
BISHOP, Claire. Artificial hells: participation arts and the politics of spectatorship. London and New York: Verso, 2012.
BRILL, Dorothée. Shock and the senseless in Dada and Fluxus. London. University Press of New England: 2010.
PHELAN, Peggy Unmarked: the politics of performance. London and New York: Routledge, 1993, pp. 146-166.