Toda pesquisa performance é uma performance? A perforcartografia como ação da performance

  • Thigresa Almeida UFF

Resumo

Partindo das produções da arte da performance – compreendida enquanto uma ação que se desenvolveu em diversas frentes desde os anos 1970 – e dos possíveis desdobramentos da linguagem, pretendo iniciar uma discussão sobre uma metodologia de pesquisa como um processo artistico-estético e político. Com isso, neste artigo, apresento algumas dos eixos que se apresentam como fundamentais para a construção da ideia da indisciplina associada a pesquisaperformance.

Biografia do Autor

Thigresa Almeida, UFF

Thigresa é pessoa não binária, performer, professora, e+. Graduade em Comunicação das Artes do Corpo (PUC/SP), mestra em Comunicação Social (UERJ), atualmente é doutoranda do Programa em Estudos Contemporâneos das Artes (PPGCA/UFF) - sob orientação de Ricardo Basbaum e Jorge Vasconcellos. Pesquisa as genealogias da arte da performance (as perforcartografias) e as relações [im]possíveis com ações políticas, dissidências/dissonâncias de gênero/estéticas e implicações estético-políticas.

Se interessa pela indisciplina - como crítica à normatividade. À prática da devoração, da fuga, incaptura...

Suas ações - artisticas[políticas] - se dão a partir de objetos cortantes: lâminas, arames farpados, cacos e a palavra. Atualmente investiga ações como artista residente do SomaRumor.

Colabora com os grupos de pesquisa: CAC (UERJ); Juvenália (ESPM); Práticas estético-políticas na arte contemporânea (UFF); e, Sistemas de revezamento plástico-sonoro-discursivo (UFF).

Referências

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Publicado
2021-12-16
Seção
Estudos da Performance