As narrativas de errância e resistência do Amok Teatro

  • Andrea Stelzer UniRio

Resumo

O presente trabalho visa uma análise das narrativas de errância e resistência no romance "Terra sonâmbula" (1992) de Mia Couto e sua transposição poética com relação à teatralidade dos atores em Cadernos de Kindzu do Amok Teatro.  As narrativas de errância do personagem Kindzu e suas amizades interculturais revelam uma Africa Pós-Colonial, dentro da guerra civil de Moçambique.  Busca-se analisar a poética dos atores, a musicalidade e a cena intercultural realizada pelo Amok teatro por meio de uma transposição do conto à ação e da palavra aos diferentes cantos que envolvem a diversidade dos povos da língua portuguesa, investigando o espaço liminar entre atuação, performance e ritual.

 

Biografia do Autor

Andrea Stelzer, UniRio
Doutora em Artes Cênicas pela UNIRIO com bolsa Sanduiche da Capes pela Universite Paris 3, Pós-doutora em literatura comparada pela UFRJ, Professora Substituta de direção teatral na ECO/UFRJ,

Referências

COUTO, Mia. Terra Sonâmbula. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995.

DELEUZE, G, GATARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 1995.

DIEGUES, Ileana. Liminaridades: práticas de emergência e memória. Rio de Janeiro: Percevejo, 2016.2.

QUILICI, Cassiano. Antonin Artaud: teatro e ritual. São Paulo: Annablume, 2004.

SAFATLE, Vladimir. O circuito dos afetos: Corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo. Belo Horizonte: Autentica Editora, 2016.

Publicado
2018-03-19