Abayomi – rito de origem: performance no espaço escolar

  • Amanda Caline da Silva Omar

Resumo

A performance apresenta características peculiares que tem se mostrado importantes no ensino das artes cênicas e pensar a performance inserida no ensino formal pode parecer, a princípio, algo incomum. Porém, elaborar atividades envolvendo essa linguagem possibilita introduzir um novo olhar artístico no ambiente educacional. A partir das inúmeras possibilidades de experimentação que performance oferece desenvolveu-se a ideia aqui apresentada que trata de um recorte de pesquisa realizada no Mestrado em Ensino de Artes da UFPB. Apresentando o processo de construção da performance Abayomi - rito de origem, a partir de atividades ligadas à identidade cultural realizadas na Escola Antônia do Socorro Silva Machado, em João Pessoa – PB. Tentando compreender os cruzamentos entre performance e pedagogia através de práticas ligadas ao brinquedo e a contação de histórias como elementos construtores da performatividade em sala de aula.

Biografia do Autor

Amanda Caline da Silva Omar
Graduada em Artes Cênicas pela UFPB, Especialista em Educação FAFIRE, mestranda em artes pelo PROFARTES/UFPB

Referências

ANDRADE, Marcelo de. Pedagogia da Performance: o uso poético da palavra na prática educativa. Revista Educação & Realidade. vol.35, nº 2, maio-ago, 2010, pp. 139-155.

BENJAMIN, Walter. Reflexões sobre o brinquedo, a criança e a educação. São Paulo: Ed. 34, 2002.

BENJAMIN, Walter. O narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: Obras escolhidas I: Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1986.

BRASIL, Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília: junho, 2005.

BROUGÈRE, Gilles. Brincadeira, brinquedos e televisão. In: Brinquedo e cultura. São Paulo: Cortez, 2010a.

BROUGÈRE, Gilles. Boneca industrializada, espelho da sociedade. In: Brinquedo e cultura. São Paulo: Cortez, 2010b.

CARLSON, Marvin. Performance: uma introdução crítica. Belo Horizonte: UFMG, 2010.

FUNARTE, SALA DO ARTISTA POPULAR (org). Nós do pano: bonecas negras Abayomi. Ministério da Cultura, Coordenação do Folclore e Cultura Popular: Rio de Janeiro, 1995.

DUBOIS, Jerôme. Didática da Performatividade Espetacular. Educação & Realidade. vol.35, nº 2, maio-ago, 2010, pp77-88.

MASCIOLI, Suselaine Ap Zaniolo. Jogos, brinquedos E brincadeiras: Um Olhar lúdico para a questão da diversidade étnica no espaço escolar. Essa, p. 27-35, 2006.

MARTINS, Leda Maria. Performance do tempo espiralar. In: Performance, exílio, fronteiras: errâncias territoriais e textuais (Org. Graciela Ravetti e Márcia Arbex). Belo Horizonte: Departamento de Letras Românicas, Faculdade de Letras/UFMG: Póslit, 2002.pp. 69-92.

PAVIS, Patrice. Encenação, performance: qual é a diferença? In: _______. A encenação Contemporânea: origens, tendências, perspectivas. Tradução de Nanci Fernandes. São Paulo: Perspectiva, 2010. cap. 3, p. 43-79.

PEREIRA, Marcelo de Andrade. Pedagogia da Performance: do uso poético da palavra na prática educativa. Educação & Realidade. v.35, n.2, p. 139-156, 2010.

PEREIRA, Marcelo de Andrade. Performance e Educação: relações, significados e contextos de investigação. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 28, n. 01, p. 289- 312, mar. 2012.

PINEAU, Elyse Lamm. Nos Cruzamentos entre a Performance e a Pedagogia: uma revisão prospectiva. Revista Educação & Realidade. v.35, n.2, p.89-113, 2010.

SCHECHNER, Richard. O que é performance?. Revista O Percevejo. Rio de Janeiro: UNIRIO, ano 11, 2003, p.25-50.

SCHECHNER, Richard. Restauração do comportamento. In: BARBA, Eugenio; SAVARESE, Nicola. A arte secreta do Ator: dicionário de antropologia teatral. São Paulo/Campinas: Hucitec/Editora da Unicamp, 1995.

TURNER, Victor. Anthropology of performance. New York: PAJ Publications, 1988.

Publicado
2018-03-19