Abayomi – rito de origem: performance no espaço escolar
Resumo
A performance apresenta características peculiares que tem se mostrado importantes no ensino das artes cênicas e pensar a performance inserida no ensino formal pode parecer, a princípio, algo incomum. Porém, elaborar atividades envolvendo essa linguagem possibilita introduzir um novo olhar artístico no ambiente educacional. A partir das inúmeras possibilidades de experimentação que performance oferece desenvolveu-se a ideia aqui apresentada que trata de um recorte de pesquisa realizada no Mestrado em Ensino de Artes da UFPB. Apresentando o processo de construção da performance Abayomi - rito de origem, a partir de atividades ligadas à identidade cultural realizadas na Escola Antônia do Socorro Silva Machado, em João Pessoa – PB. Tentando compreender os cruzamentos entre performance e pedagogia através de práticas ligadas ao brinquedo e a contação de histórias como elementos construtores da performatividade em sala de aula.
Referências
ANDRADE, Marcelo de. Pedagogia da Performance: o uso poético da palavra na prática educativa. Revista Educação & Realidade. vol.35, nº 2, maio-ago, 2010, pp. 139-155.
BENJAMIN, Walter. Reflexões sobre o brinquedo, a criança e a educação. São Paulo: Ed. 34, 2002.
BENJAMIN, Walter. O narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: Obras escolhidas I: Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1986.
BRASIL, Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília: junho, 2005.
BROUGÈRE, Gilles. Brincadeira, brinquedos e televisão. In: Brinquedo e cultura. São Paulo: Cortez, 2010a.
BROUGÈRE, Gilles. Boneca industrializada, espelho da sociedade. In: Brinquedo e cultura. São Paulo: Cortez, 2010b.
CARLSON, Marvin. Performance: uma introdução crítica. Belo Horizonte: UFMG, 2010.
FUNARTE, SALA DO ARTISTA POPULAR (org). Nós do pano: bonecas negras Abayomi. Ministério da Cultura, Coordenação do Folclore e Cultura Popular: Rio de Janeiro, 1995.
DUBOIS, Jerôme. Didática da Performatividade Espetacular. Educação & Realidade. vol.35, nº 2, maio-ago, 2010, pp77-88.
MASCIOLI, Suselaine Ap Zaniolo. Jogos, brinquedos E brincadeiras: Um Olhar lúdico para a questão da diversidade étnica no espaço escolar. Essa, p. 27-35, 2006.
MARTINS, Leda Maria. Performance do tempo espiralar. In: Performance, exílio, fronteiras: errâncias territoriais e textuais (Org. Graciela Ravetti e Márcia Arbex). Belo Horizonte: Departamento de Letras Românicas, Faculdade de Letras/UFMG: Póslit, 2002.pp. 69-92.
PAVIS, Patrice. Encenação, performance: qual é a diferença? In: _______. A encenação Contemporânea: origens, tendências, perspectivas. Tradução de Nanci Fernandes. São Paulo: Perspectiva, 2010. cap. 3, p. 43-79.
PEREIRA, Marcelo de Andrade. Pedagogia da Performance: do uso poético da palavra na prática educativa. Educação & Realidade. v.35, n.2, p. 139-156, 2010.
PEREIRA, Marcelo de Andrade. Performance e Educação: relações, significados e contextos de investigação. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 28, n. 01, p. 289- 312, mar. 2012.
PINEAU, Elyse Lamm. Nos Cruzamentos entre a Performance e a Pedagogia: uma revisão prospectiva. Revista Educação & Realidade. v.35, n.2, p.89-113, 2010.
SCHECHNER, Richard. O que é performance?. Revista O Percevejo. Rio de Janeiro: UNIRIO, ano 11, 2003, p.25-50.
SCHECHNER, Richard. Restauração do comportamento. In: BARBA, Eugenio; SAVARESE, Nicola. A arte secreta do Ator: dicionário de antropologia teatral. São Paulo/Campinas: Hucitec/Editora da Unicamp, 1995.
TURNER, Victor. Anthropology of performance. New York: PAJ Publications, 1988.