Site-funcionalidade e cartografias do cotidiano

  • Michele Louise Schiocchet
  • André Carreira

Resumo

A proposta deste artigo é pensar a composição de performances a partir da cartografia de
espaços cotidianos partindo da relação do habitante com a cidade e seus fluxos. A partir
de teorias que sugerem a desestabilização de espaços enquanto lugares concretos e
estáticos, buscaremos estruturas que visam articular-se em níveis espaciais. James
Meyer propõem o termo site-functional para tratar de obras que existem em uma
dimensão não literal, mas como uma função entre sites. Este tipo de estruturação em
fluxos ecoa a teoria de Castells sobre as sociedades em redes que teria seus espaços
organizados em fluxos, tecendo relações em um gigante hipertexto controlado pelo
capitalismo. A hipertextualidade é sugerida como forma possível de estruturação destes
espaços inter relacionando-se com as dinâmicas da sociedade.

Referências

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Seção
Territórios e Fronteiras da Cena