Dança contemporânea - o dançarino pode ser apto para tudo?
Resumo
Neste texto pretendo chamar atenção para a relação entre o treinamento do dançarino contemporâneo e o seu caminho estético, buscando uma aproximação entre essas duas instâncias. Ao observar diferentes criações de dança contemporânea é possível destacar uma gama de padrões motores e de organizações estéticas substancialmente diversificadas. Em espetáculos nos quais há uma técnica de movimento reconhecível no universo da dança, como, por exemplo, balé clássico, técnica de Cunningham, técnica de Limón, não se levanta a questão de como os dançarinos realizaram seu treinamento já que é possível identificar as técnicas correspondentes por referências aos seus códigos de movimentos. Entretanto, quando os corpos não demonstram de quais técnicas vieram suas habilidades, por não nos apresentar um código reconhecível, torna-se mais difícil traçarmos uma linha entre a formação desses dançarinos e seus movimentos na cena.Referências
GREINER, Christine. O corpo: Pistas para estudos indisciplinares. São Paulo: Annablume, 2005.
KATZ, Helena. Um, Dois, Três: A dança é o pensamento do corpo. Belo Horizonte: FID Editorial, 2005.
KATZ, Helena & GREINER, Christine. “Por uma teoria do corpomídia”. In: GREINER, Christine. O corpo: Pistas para estudos indisciplinares. São Paulo: Annablume, 2005.
PINKER, Steven. Tábula Rasa: A negação contemporânea da natureza humana. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
STRAZZACAPPA, Márcia. “O corpo e suas representações: as técnicas de educação somática na preparação do artista cênico”. In: STRAZZACAPPA, Márcia & MORANDI, Carla. Entre a arte e a docência: a formação do artista da dança. Campinas, SP: Papirus, 2006.
Publicado
2018-04-27
Seção
Dança e Novas Tecnologias