Mito de Exu e do Diabo na Dramaturgia Coreográfica do Balé Folclórico da Bahia e do Grupo Grial de Dança
Resumo
O artigo analisa as coreografias “Cerimônia do Padê”, do BFBA, e o “Auto doEstudante que se vendeu ao Diabo”, do Grupo Grial de Dança, com o objetivo
de revelar a apropriação da figura mítica do diabo na concepção Judaico-Cristã
e de Exu na Afro-Brasileira, e o tratamento estético-dramatúrgico-coreográfico
dado a estas obras. A metodologia utilizada está apoiada em um referencial
teórico-metodológico no qual a fenomenologia é a base para o estudo da
linguagem estética nas articulações analógicas que lhes são inerentes. Este
trabalho aponta diferenças na dramaturgia coreográfica das companhias que
se revelam no discurso e na ação política e que se fazem presentes a partir do
corpo que dança, esculpe, recita e poetiza histórias que trazem configurações
do habitat destes corpos, seja a cidade de Salvador ou o Sertão
pernambucano. Corpos que por suas danças se igualam e se diferenciam no
princípio dinâmico e existencial de Exu na comunicação, no acontecer e no
devir.
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