Performance como possibilidade estética de romper com a consciência dominante
Resumo
Este trabalho apresenta uma experiência de estudos sobre a performance realizado durante a disciplina eletiva “Performatividades: onde as artes se misturam” com estudantes do ensino médio de um colégio privado, na cidade de São Bernardo do Campo – SP. Durante a pesquisa foram observadas as dimensões políticas da forma estética, como próprio da arte, conforme o pensamento de Herbert Marcuse (2018), o qual ainda aponta que a arte é autônoma perante as relações sociais e, por isso, transcende a consciência dominante e revoluciona a experiência. As ações de práticas artísticas, utilizadas nesta experiência, são apoiadas nas investigações da pesquisadora e performer Professora Denise Pereira Rachel (2013). Ela propõe em seu trabalho um espaço de troca de saberes e fazeres artísticos por meio da experiência e do levantamento das potencialidades e desejos dos envolvidos e envolvidas, pois, desta forma, abrem-se espaços para outras possibilidades de relações, o que leva os alunos e alunas a se tornarem os propositores da criação artística.
Referências
ANDRÉ, Carminda Mendes. Escola é lugar para artes? In: CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS, 5., 2008, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: UFMG, 2008.
CIOTTI, Naira. O professor-performer. Natal: EDUFRN, 2014.
HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2017.
MARCUSE, Herbert. A dimensão estética. Lisboa: Edições 70, 2018.
PAVIS, Patrice. Dicionário de performance e do teatro contemporâneo. São Paulo: Perspectiva, 2017.
RACHEL, Denise Pereira. Adote o artista não deixe ele virar professor: reflexões em torno do híbrido professor performer. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014.