Grupo Trans-Forma: dança moderna em diálogo com a política através do sensível

Resumo

O presente artigo analisa a relação entre dança e política no contexto do surgimento da dança moderna em Belo Horizonte. Esta relação é estabelecida a partir do conceito de dissenso do filósofo Rancière e da identificação de processos de institucionalização de práticas de dança verificadas no contexto do regime militar. O trabalho desenvolvido pelo grupo Trans-Forma apresentou rupturas com padrões estabelecidos pela dança institucionalizada, desenvolvendo uma nova forma de expressão em dança. A diversidade de técnicas que fizeram parte da formação dos artistas do grupo refletia o interesse na multiplicidade de possibilidades expressivas do corpo, presente nas coreografias e espetáculos do grupo. Uma atuação crítica através da dança, que dialogava com a realidade vivida: o governo militar e a repressão à liberdade de expressão.

Biografia do Autor

Danielle Márcia Fernandes, Universidade Federal de Minas Gerais
Mestranda em Artes pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Escola de Belas Artes da UFMG. (PPG Artes-EBA).

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Publicado
2019-05-08
Seção
Grupo de Pesquisadores em Dança