Teatro (educação): (contra) guerrilhas poéticas
Resumo
O seguinte trabalho propõe discutir a relação do Teatro na Escola que expande o paradigma do ensinar/aprender, buscando conscientizar professores sobre a necessidade cada vez mais urgente da Arte enquanto elemento de construção de conhecimento cujo o pensamento e o engajamento político sejam os propulsores da Prática Pedagógica em Teatro, tendo em vista as recentes imposições e desrespeitos de toda ordem advindas das decisões arbitrárias do Estado, bem como a um terrível fenômeno de conservadorismo desenfreado que tende cada vez mais a criar um inconsciente coletivo de ódio para com o diferente, massacrando cruelmente toda e qualquer minoria. Assim, propomos a discussão, pautada na prática de ações artísticas e pedagógicas de cunho político que em meio ao ambiente escolar busca promover reflexões poéticas acerca do nosso tempo presente. Enquanto exemplos práticos, são apresentadas ações que vão desde o ensino de Teatro na Educação Básica, em uma escola de gestão militar na cidade de Fortaleza-Ce, como a formação de professores de Teatro, de abordagem altamente política, no curso de graduação da Universidade Federal do Amapá. O artigo problematiza ainda a possibilidade do professor de teatro enquanto um a(r)tivista, uma vez que suas ações transitam pelos campos da arte e da política, especificamente, por um ativismo poético, disseminando, assim, atos de resistência e questionamento social, instaurando com isso, verdadeiros levantes poéticos.
Referências
CABRAL, Beatriz Ângela Vieira. Drama como método de ensino. São Paulo: Hucitec/Mandacaru, 2006.
DAL FARRA MARTINS, José Batista (Zebba). O Artista-Pesquisado-Pedagogo. VI Congresso da Abrace, São Paulo, 2010.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Trad. Lígia M. Ponde Vassalo. Petrópolis: Vozes, 1987.
RANCIÈRE, Jacques. Les paradoxes de l’art politique. In: Le spectateur émancipé. La Fabrique, Paris, 2008
RAPOSO, Paulo. "Artivismo": articulando dissidências, criando insurgências. In: Cadernos de Arte e Antropologia, volume 4, número 2, 2015, pp. 3-12.
Outras fontes:
http://www.escolasempartido.org/quem-somos
https://vejasp.abril.com.br/atracao/o-evangelho-segundo-jesus-rainha-do-ceu/