Retomada: ancestralidade e contemporaneidade em performance
Resumo
O espetáculo “Retomada” é fruto da pesquisa Rito Ancestral Corpo Contemporâneo do Grupo Totem. As vivências e processos que levaram a sua construção perpassam pelos rituais: Menino do Rancho (povo Pankararu), Festa de Reis (povo Xukuru), e Toré (povo Kapinawá), povos indígenas de Pernambuco. Suas bases passam por estudos do teatro ritual (QUILICE, 2015) da performance enquanto “comportamento recuperado” (SCHECHNER, 2012), da antropologia (TURNER, 1974), da “ação” arquetípica, ancestral (GROTOWSKI, 1987). A poética polifônica de Retomada se fez em laboratórios / ensaios / processos rituais transculturais e interdisciplinares envolvendo teatro, dança e performance, elementos sonoros e visuais, ancorado na ancestralidade, na luta pela terra, na alma coletiva.
Referências
AGRA, Lúcio. Mobilidade no Contemporâneo: os espaços da performance, in Espaço e Performance. MEDEIROS, Maria Beatriz de, MONTEIRO, Mariana F. M. Brasília, Ed. Da Pós-graduação em Arte da Universidade de Brasília, 2007.
COHEN, Renato. Work in Progress na Cena Contemporânea. São Paulo: Perspectiva, 1998.
GROTOWSKI, Jerzy. Performer (1988). In Revista Performatus. 2015.
LIGIÉRO, Zeca. Performance e Antropologia de Richard Schechner; seleção de ensaios organizada por Zeca Ligiéro. Rio de Janeiro: Mauad X, 2012.
NASCIMENTO, Frederico do. Grupo Totem: a infecção pela performance e a encenação performática. 2012. 99 p. Dissertação de Mestrado. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas, UFRN. Natal, 2012.
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QUILICI, Cassiano Sydow. Antonin Artaud: teatro e ritual. São Paulo: Annablume; Fafesp, 2004.
TURNER, Victor W. O Processo Ritual: estrutura e antiestrutura. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.