O retrato em miniatura do gato Gatinho: ou a modernidade não ronrona
Resumo
Meio privilegiado de preservar a memória de seres queridos antes do advento da fotografia, o retrato em miniatura quase desapareceu no século XX. A miniatura do gato Micetto, “Gatinho” em italiano, encomendada em 1917 por seu antigo dono, o embaixador e escrito brasileiro Carlos Magalhães de Azeredo, desolado com a morte do seu animal favorito, é um raro exemplo da sobrevivência desse suporte. Este objeto ao mesmo tempo intimista e sofisticado permite-nos vislumbrar a vivência de certas elites cosmopolitas da Belle Époque, e o forte impacto afetivo desse tipo de retratos em plena “modernidade”.
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